Viana do Castelo comemora os 250 anos do nascimento de Beethoven

por Comunidade Cultura e Arte,    16 Janeiro, 2020
Viana do Castelo comemora os 250 anos do nascimento de Beethoven
Retrato feito por Joseph Karl Stieler, em 1820
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A pianista Marta Menezes inicia amanhã, dia 17 de janeiro, um projeto de comemoração dos 250 anos do nascimento de Beethoven, onde se propõe a apresentar os 5 Concertos para Piano e Orquestra do compositor, numa celebração que liga este nome incontornável da história da música a 5 compositores portugueses.

Estão já agendados vários concertos ao longo deste ano, onde será feita a estreia mundial de 5 Encores para piano solo, encomendados aos compositores Nuno da Rocha, Tiago Cabrita, Luís Soldado, Gonçalo Gato e Tiago Derriça. Estas obras pretendem estabelecer uma ponte entre a obra de Beethoven e o momento presente.

O primeiro concerto tem lugar amanhã, em Viana do Castelo, pelas 21h30, no Teatro Municipal Sá de Miranda, com a Orquestra ARTEAM e o maestro Diogo Costa. A obra a estrear será “What’s the hurry?” de Luís Soldado.

Torres Novas, Lisboa, Tomar, Idanha-a-Nova e Alcanena vão acolher os concertos que se seguem.

Marta Menezes, vencedora do Concurso Beethoven no Royal College of Music em Londres e premiada nos Estados Unidos pelo seu CD com obras de Beethoven e Lopes-Graça, apresenta-se regularmente em recital, tendo actuado em diversos países da Europa, nos Estados Unidos, em Cabo Verde e na China. Recebeu em 2014 a “Medalha de Prata de Valor e Distinção” pelo seu percurso enquanto pianista, atribuída pelo Instituto Politécnico de Lisboa. Tem desenvolvido vários projetos dedicados à música portuguesa, tendo o mais recente sido a série de recitais que realizou de homenagem a Vianna da Motta, em 2018/2019.

Sobre os compositores:

Nuno da Rocha
é doutorando em Composição na Royal Academy of Music (Londres, UK) sob orientação de Rubens Askenar e David Sawer. Do seu trabalho recente, destaca-se o lançamento do disco “O que será do rio” com a orquestra barroca Divino Sospiro e Massimo Mazzeo. Em janeiro de 2020, estreia a sua peça “INFERNO” para coro, orquestra e multi-instrumentista, na Fundação Calouste Gulbenkian.

Tiago Cabrita diplomou-se na Escola Superior de Música e o seu percurso tem merecido destaque no domínio da composição de ópera, nomeadamente “O Jardim”, “A Vida Inteira” e o “Deus do Vulcão”. A sua música tem sido tocada pela Orquestra Gulbenkian, Sinfónica Portuguesa, Sinfonietta de Lisboa, Sinfónica Juvenil, entre outras. Projetos a breve prazo incluem a composição de uma nova ópera e música vocal.

Luís Soldado é Investigador no Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical, da Universidade Nova de Lisboa, onde desenvolve projetos relacionados com a ópera contemporânea e suas novas formas de comunicação, como bolseiro de Pós-doutoramento da Fundação para a Ciência e Tecnologia. Das suas obras mais recentes, destacam-se a ópera de câmara “Tabacaria” (2017), um conjunto de sete mini-óperas televisivas, inseridas na terceira temporada de Super Diva – Ópera para Todos (2018) e a ópera comunitária imersiva “É Possível Resistir” (2019).

Gonçalo Gato tem trabalhado com importantes orquestras, como a London Symphony Orchestra, a BBC Symphony Orchestra e a Orquestra Sinfónica do Porto, mas também com importantes agrupamentos, tais como o ensemble recherche (Alemanha), Remix Ensemble (PT), Chroma Ensemble (UK) e Sond’Ar-te Electric Ensemble (PT). Foi o compositor em residência na Casa da Música em 2018, escrevendo para os agrupamentos residentes. Gonçalo investiga aquele que foi o tema do seu doutoramento na Guildhall School of Music and Drama: a utilização de algoritmos computacionais na composição. Apresentou e publicou resultados de investigação no Institut de Recherche et Coordination Acoustique/Musique, Paris.

Tiago Derriça, diplomado em composição pela Escola Superior de Música de Lisboa e Universidade de Évora, é professor na Academia de Amadores de Música e Academia Musical dos Amigos das Crianças. Tem dedicado grande parte da sua produção à música de câmara, tendo a sua obra vindo a ser também interpretada por várias orquestras e coros, em Portugal e no estrangeiro.

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