Um ano de luto e de discos: 2016

por João Horta,    6 Dezembro, 2016
Um ano de luto e de discos: 2016
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O ano de 2016 ficou marcado pela perda de alguns ícones da música mundial. Logo no início do ano foi David Bowie que nos deixou, mesmo após o lançamento do seu álbum Blackstar. Depois foi Prince. A 7 de novembro foi Leonard Cohen que nos abandonou, mas sem antes deixar You want it Darker.

Além do luto, este foi um ano de muitos álbuns lançados. Foram muitas as obras que saíram dos estúdios ao longo do ano, quer a nível nacional, internacional e nos mais variados estilos. Os destaques do ano – exceptuando David Bowie e Leonard Cohen – vão para os lançamentos de vultos da música mundial como foi o caso de Nick Cave com Skeleton Tree, Iggy Pop com Post Pop Depression, PJ Harvey com The Six Demolition Project, Eric Clapton e Rolling Stones com I Still Do e Blue & Lonesome respectivamente.

No que diz respeito aos mais “novinhos” nestas andanças, 2016 premiou-nos com Untitled, Unmastered do Kendrick Lamar, Blonde de Frank Ocean e Anti de Rihanna. Nicolas Jaar trouxe ao mundo Sirens e James Blake The Colour in Anything. Teve Life of Pablo de Kanye West, Drake agitou muitas noites por esse mundo fora à conta de ViewsBeyoncé também arranjou tempo para uma Lemonade e Bon Iver fez-se à estrada e lançou 22, A Million.

A malta da pesada viu os Metallica lançarem …Hardwired to Self-Destruct. Os norte-americanos Neurosis também fizeram das suas e agitaram as águas com Fires Within Fires. You Will Never Be One Of Us foi a prenda que os NAILS quiseram entregar este ano. O rock do deserto trouxe-nos V, trabalho mais recente dos suecos Truckfighters. Finalmente, destaque para Rheia dos Oathbreaker.

Depois houve espaço para as meninas Warpaint com Heads Up, Angel Olsen e o seu My woman, Julianna Barwick trouxe-nos Will e por fim, Marissa Nadler com Bury Your Name.

Os fãs do garage e psicadelismo foram brindados com A Weird Exists dos Thee Oh Sees e até os King Gizzard & Lizard Wizard fizeram-se ao piso com Nonagon Infinity. O rock dos The Kills deu origem a Ash & Ice e Alex Turner voltou com os Last Shadow Puppets: Everything You’ve Come To Expect. Já Anthony que agora é Anohni lançou Hopelessness.

Por cá, no nosso cantinho, também foi ano de muitos lançamentos. Os Capitão Fausto têm os dias contados fez furor nos últimos meses e com ele os Capitão Fausto subiram um patamar no panorama da música nacional. Houve Sirumba dos Linda Martini e o homónimo dos Sean Riley & The Slowriders. Levámos uma Carga de Ombro do Samuel Úria. Mike El Nite apresentou o seu primeiro LP O Justiceiro e os Sensible Soccers mandaram-nos viajar para a Villa Soledade. Os jovens Zanibar Aliens trouxeram rock à antiga com Bela Vista. Outra boa surpresa está no primeiro álbum dos Marvel Lima.

Ainda nota para os Radiohead que voltaram com A Moon Shaped Pool. Também os Red Hot Chili Peppers, Deftones e Aphex Twin regressaram com novos trabalhos.

Apesar de muitos dias de luto, este ano foi rico em álbuns novos. Desta forma, foram feitas homenagens a quem foi partindo. Estejam onde estiverem, as lendas que nos deixaram estão, por esta hora, certamente felizes. No fim de contas eles nunca se foram, a música eterniza os artistas.

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