Comunidade Cultura e Arte
No Result
View All Result
  • CINEMA
  • TV
  • MÚSICA
  • LIVROS
  • ARTES
  • SOCIEDADE
  • ENTREVISTAS
  • OPINIÃO
    • CRÍTICAS
    • CRÓNICAS
  • CINEMA
  • TV
  • MÚSICA
  • LIVROS
  • ARTES
  • SOCIEDADE
  • ENTREVISTAS
  • OPINIÃO
    • CRÍTICAS
    • CRÓNICAS
No Result
View All Result
Comunidade Cultura e Arte
No Result
View All Result

“The Trial of the Chicago 7”: o melhor elenco do ano (para já) num empolgante drama legal

por Pedro Barriga
22 Outubro, 2020
em Cinema, Críticas
“The Trial of the Chicago 7”: o melhor elenco do ano (para já) num empolgante drama legal

The Trial of the Chicago 7

“The Trial of the Chicago 7” é apenas o segundo filme realizado por Aaron Sorkin, mas há já 30 anos que o norte-americano tem deixado a sua marca na cultura pop. Na televisão, criou e escreveu as aclamadas séries “Sports Night” (1998-2000) e “The West Wing” (1999-2006). No cinema, a lista é longa e cheia de êxitos: o courtroom drama “A Few Good Men” (1992); a comédia romântica “The American President” (1995); a trilogia de filmes biográficos “The Social Network” (2010), “Moneyball” (2011) e “Steve Jobs” (2015). Guionista em todos estes filmes, vencedor até do Óscar de Melhor Argumento Adaptado por “The Social Network”.

A escrita por si só não satisfazia Sorkin e por isso aos 56 anos virou-se para a realização com “Molly’s Game” (2017). O filme, protagonizado por Jessica Chastain, foi uma desilusão de bilheteira. Boas notícias: “Chicago 7” não sofrerá desse problema. Face à atual situação pandémica, a Paramount vendeu o filme à Netflix, que o lançou diretamente em streaming. Mais boas notícias: em termos de qualidade, “Chicago 7” é uma melhoria em relação a “Molly’s Game”.

O ano é 1968. A Convenção Nacional Democrata está prestes a realizar-se na cidade de Chicago. Três grupos distintos – os Estudantes por uma Sociedade Democrática, o Partido Internacional da Juventude (os yippies), e a Mobilização Para Acabar Com a Guerra no Vietname – organizam protestos pacíficos contra o recrutamento mensal para o esforço de guerra contra o Vietname. Escusado será dizer que o confronto policial que se seguiu foi tudo menos pacífico.

Sorkin não nos mostra o conflito de imediato. Salta do pré-convenção para o julgamento pós-convenção: o governo dos E.U.A. contra os 7 maiores representantes dos protestos, acusados de incitação a revolta. Sete é um grande número e Sorkin encarrega-se de o preencher com um elenco memorável: destaque maior para Mark Rylance (o advogado da defesa), Sacha Baron Cohen (o conhecido Borat, aqui num papel tanto dramático como cómico) e Frank Langella (o desprezível juiz). Os grandes nomes não ficam por aqui: Eddie Redmayne, Jeremy Strong, Yahya Abdul-Mateen II, Michael Keaton, Joseph Gordon-Levitt, entre muitos outros. É um verdadeiro ensamble, com fantásticas interpretações que por si só justificam ver o filme.

Onde Sorkin mais surpreende é no balanço que o seu argumento consegue fazer de tantos temas diferentes em um filme só. “Chicago 7” é sobre protestos civis e violência policial, mas também sobre um sistema judicial corrupto. É sobre racismo, mas também sobre a América dos anos 60. Na verdade, todos estes temas encontram-se naturalmente relacionados, mas Sorkin atinge um equilíbrio ideal, abordando tudo sem fazer pesar o filme.

Obviamente, Sorkin é primeiro um argumentista, segundo um realizador. Constatamo-lo em “Chicago 7” pelo rol de sorkianismos presentes, as marcas distintivas da sua escrita: tom sério mas com humor (check), diálogo veloz (check), cena carinhosa entre pai e filha (check), referências desportivas (check), auto-plágio (check, a piada do ovo já fora usada em “The West Wing”). Sorkin não consegue evitá-lo. É mais forte que ele. Mas não há problema: é a sua marca, é o que faz dele Sorkin.

O problema surge quando Sorkin usa e abusa do que o torna tão característico. Não há situação mais propícia a tal do que um filme no qual Sorkin é tanto o argumentista como o realizador. Não há ninguém que o chame à Terra, que controle os seus impulsos. É por esta razão que as parcerias de Sorkin com cineastas – Rob Reiner, David Fincher, Bennett Miller, Danny Boyle – funcionam melhor que os seus projetos a solo. “Chicago 7” não é exceção: a cena da empregada doméstica a confrontar Tom Hayden, a troca de olhares destroçados entre Dellinger e o filho que assiste nas bancadas, o último discurso de Hayden… São três momentos de revirar os olhos e exemplos da lamechice a que Sorkin recorre quando não há ninguém que o supervisione. No caso particular de “Chicago 7”, uma boa parceria teria sido com Steven Spielberg, que curiosamente intencionava realizar este filme em 2007.

Em suma, “Chicago 7” é um filme de grandes diálogos e grandes interpretações. É tão revolucionário como a revolução que retrata? Não, de todo. É um filme comercial à moda antiga. Mas é bem produzido, bem escrito, bem representado e bastante cativante. Se for fã de courtroom dramas, vai gostar deste filme. Se for fã de Aaron Sorkin, vai gostar deste filme. E se for membro da Academia, vai adorá-lo e com certeza nomeá-lo para o Óscar de Melhor Filme.

Se quiseres ajudar a Comunidade Cultura e Arte, para que seja um projecto profissional e de referência, podes apoiar aqui.

Tags: Aaron SorkinnetflixOs 7 de Chicago

Artigos Relacionados

Vem aí o primeiro documentário sobre Notorious B.I.G. com autorização da família do rapper e estreia na Netflix

Vem aí o primeiro documentário sobre Notorious B.I.G. com autorização da família do rapper e estreia na Netflix

por Redacção
18 Fevereiro, 2021
0

Depois de "Unsolved", série que tem como figuras de destaque Notorious B.I.G. e 2Pac, a Netflix criou agora um novo...

Produtora de Barack Obama e Michelle Obama anuncia novos filmes e séries para a Netflix

Produtora de Barack Obama e Michelle Obama anuncia novos filmes e séries para a Netflix

por Redacção
16 Fevereiro, 2021
0

A Higher Ground Productions, a produtora do antigo Presidente dos EUA Barack Obama e de Michelle Obama, anunciou uma nova...

“The Disciple”, realizado por Chaitanya Tamhane: magnífico conto sobre a vida árdua do artista

“The Disciple”, melhor filme do Lisbon & Estoril Film Festival, será exibido na Netflix

por Redacção
29 Janeiro, 2021
0

Os direitos de exibição do filme "The Disciple” (ler crítica), realizado e escrito pelo indiano Chaitanya Tamhane, foram adquiridos pela...

Netflix reforça catálogo de anime com parcerias com quatro das maiores produtoras do Japão e da Coreia do Sul

Netflix reforça catálogo de anime com parcerias com quatro das maiores produtoras do Japão e da Coreia do Sul

por Redacção
27 Outubro, 2020
0

A Netflix anunciou novas parcerias com quatro estúdios de produção de anime: ANIMA & COMPANY. (proprietário do NAZ), Science SARU...

Ava DuVernay vai adaptar “Caste” de Isabel Wilkerson, livro da vencedora do prémio Pulitzer

Ava DuVernay vai adaptar “Caste” de Isabel Wilkerson, livro da vencedora do prémio Pulitzer

por Redacção
27 Outubro, 2020
0

Eva DuVernay, nomeada para os Óscares e os Globos de Ouro, será argumentista, realizadora e produtora (sob a égide da...

Estudantes criam movimento para proteger o Cinema Português e organizam manifestação na próxima terça-feira

Estudantes criam movimento para proteger o Cinema Português e organizam manifestação na próxima terça-feira

por Redacção
18 Outubro, 2020
0

"Apesar de partir de um grupo de estudantes, alunos, ex-alunos, professores, críticos, cinéfilos, académicos, todos são bem vindos, porque o...

Assina a nossa Newsletter

Recebe em primeira mão, todas as novidades da Comunidade Cultura e Arte

Os mais Populares

17 filmes e uma série para veres na RTP nos próximos dias

17 filmes e uma série para veres na RTP nos próximos dias

4 Fevereiro, 2021
Já se conhecem todos os vencedores dos Globos de Ouro 2020

Já se conhecem os vencedores dos Globos de Ouro 2021

1 Março, 2021
“Culto”. A série portuguesa que vai dar poesia às redes sociais e RTP

“Culto”. A série portuguesa que vai dar poesia às redes sociais e RTP

9 Fevereiro, 2021
Já se conhecem todos os nomeados para os Globos de Ouro 2021

Já se conhecem todos os nomeados para os Globos de Ouro 2021

3 Fevereiro, 2021

Sobre a Comunidade Cultura e Arte

A Comunidade Cultura e Arte tem como principal missão popularizar e homenagear a Cultura e a Arte em todas as suas vertentes.

A Comunidade Cultura e Arte procura informação actual, rigorosa, isenta, independente de poderes políticos ou particulares, e com orientação criativa para os leitores.

ver mais

Segue-nos no Facebook

Segue-nos no Instagram

Seguir

  • Sobre a CCA
  • Privacidade & Cookies
  • Apoiantes
  • Parceiros
  • Fala Connosco Aqui

CCA 2019 © Todos os direitos são reservados.

No Result
View All Result
  • CINEMA
  • TV
  • MÚSICA
  • LIVROS
  • ARTES
  • SOCIEDADE
  • ENTREVISTAS
  • OPINIÃO
    • CRÍTICAS
    • CRÓNICAS

CCA 2019 © Todos os direitos são reservados.

Go to mobile version