Técnicas sexuais das lésbicas explicadas aos cavalheiros, really?

por Cláudia Lucas Chéu,    11 Setembro, 2020
Técnicas sexuais das lésbicas explicadas aos cavalheiros, <i>really</i>?
Cláudia Lucas Chéu / Fotografia de Vitorino Coragem
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A versão inglesa da Men’s Health publicou há uns anos um artigo em que dizia desvendar alguns dos segredos sexuais das lésbicas. A ideia era ensinar à maioria masculina dos leitores da revista algumas das técnicas usuais no sexo entre lésbicas. Acaba por ser parodiante, no mínimo, a tentativa de estereotipar hábitos sexuais. Será que a informação dada pela revista foi aplicada e bem-sucedida entre os leitores masculinos? Nunca saberemos. Mas sabemos quais foram as dicas que a revista decidiu partilhar. Com o cuidado de ressalvar que falam apenas de estereótipos, passemos então a indicar algumas das técnicas mais recorrentes no sexo entre lésbicas – embora a diversidade seja tão grande como no sexo entre heterossexuais, obviamente. 

Cunilíngua

Uma das práticas mais célebres nas relações entre lésbicas, inclui beijar, lamber, mordiscar ou sugar o sexo da mulher. A ideia é dar prazer através da língua, estimulando a vulva (lábios grandes e pequenos, clitóris, uretra, etc.). 

Rub

Ou esfregar. Como a própria palavra indica, a prática consiste em esfregar as vaginas uma na outra, até à obtenção de prazer. 

Finger fucking

Usado algumas vezes em simultâneo com a estimulação oral, também é praticado a solo. O finger fucking é uma das formas de dar prazer à mulher, inserindo os dedos na vagina. A estimulação pode ir da penetração com um apenas um dedo, até à inserção de todos os dedos da mão na vagina.

Strap on

O cinto com o falo é usado nas relações entre lésbicas, sobretudo para penetrações vaginais e anais. Algumas mulheres usam-no com regularidade, permitindo-lhes obter prazer através do falo e/ou fantasiar com os papéis sexuais (há também quem pratique sexo oral ao falo artificial). 

Para sintetizar a questão da técnica, o mais comum entre duas lésbicas é o uso dos dedos e da boca. Outra das questões diferenciadoras talvez seja o tempo, a duração da relação sexual. O acto sexual pode ser mais prolongado, uma vez que não se cinge à penetração e orgasmo masculinos. 

Segundo um estudo publicado no The Journal of Sexual Medicine, é possível constatar que as lésbicas têm mais orgasmos do que as heterossexuais. A pesquisa organizada pela publicação, através de um universo de 2850 pessoas que praticaram sexo durante 12 meses, concluiu que as lésbicas obtiveram orgasmos em 74,7% das relações sexuais, enquanto as heterossexuais atingiram o clímax em apenas 61,6% das relações sexuais. É evidente que tentar sistematizar o “insistematizável” é apenas uma forma de perpetuar estereótipos. O sexo entre lésbicas, tal como entre heterossexuais, usufrui da técnica sem ser técnico. Afinal, estamos a falar de sexo. O cérebro e o corpo performam, idealmente, por instinto.  

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