Série sobre a Palestina, dos Fumaça, vence dois Prémios de Ciberjornalismo 2018

por Fumaça,    22 Novembro, 2018
Série sobre a Palestina, dos Fumaça, vence dois Prémios de Ciberjornalismo 2018
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O que vais ouvir, ler ou ver foi produzido pela equipa do Fumaça, um projecto de media independente, progressista e dissidente e foi originalmente publicado em www.fumaca.pt.

A série documental “Palestina, histórias de um país ocupado” venceu os prémios do júri e do público (votação online) na categoria “Narrativa Sonora Digital”, da 11.ª edição dos Prémios de Ciberjornalismo, do Observatório do Ciberjornalismo (ObCiber), da Universidade do Porto. Na mesma categoria – criada este ano – estava ainda nomeada outra reportagem Fumaça “Chelas City, a capital de Lisboa” e o trabalho do Público “28 anos, 28 memórias”.

Durante dez dias, em setembro de 2017, o Ricardo Esteves Ribeiro e a Maria Almeida estiveram entre Ramallah, Belém, Hebron e Jerusalém para perceberem como vive a Palestina ocupada. Dessa viagem saiu a primeira série áudio Fumaça. Entre maio e agosto passados, contámos, em seis capítulos, as vidas e as voltas de uma usurpação, através das vozes de quem lhe resiste. Um trabalho de equipa feito a várias mãos: a reportagem e escrita dos textos e narrações foi feita pelo Ricardo e pela Maria, a edição pelo Pedro Miguel Santos e a edição de som pelo Bernardo Afonso. Recorda aqui todos os episódios:

1 – Ramallah, a cidade artificial
2 – Belém, do milagre da vida à banalidade da morte
3 – Hebron, o labirinto do apartheid
4 – Ramallah, onde está o meu irmão?
5 – Jerusalém, minha, tua, de quem a ocupar
6 – Palestina, a maioria silenciada

A distinção do jornalismo independente português foi a grande novidade desta edição. O trabalho “Terra de Todos, Terra de Alguns“, da Divergente – com quem a equipa Fumaça divide a redação -, venceu também os prémios do júri e do público na categoria “Reportagem Multimédia”, com uma investigação sobre a usurpação de terra em larga escala, feita por privados e grandes corporações, às populações rurais de Moçambique. A distinção mais importante foi entregue ao diário Público, que ganhou o troféu de “Excelência Geral em Ciberjornalismo”. Nesta edição, deu-se ainda a curiosidade de as escolhas dos jurados e das pessoas que votaram online serem quase sempre coincidentes – só em duas categorias os trabalhos galardoados não foram os mesmos.

Vencedores

Excelência Geral em Ciberjornalismo
Prémio do júri e Prémio do público: Público

Categoria Última Hora
Prémio do júri: “Incêndios de 15 de Outubro Minuto-a-minuto”, Rádio Renascença
Prémio do público: “Após 17 dias na gruta acabou o calvário ”, Público

Categoria Reportagem Multimédia
Prémio do júri e Prémio do público: “Terra de Todos, Terra de Alguns”, Divergente

Categoria Narrativa Vídeo Digital
Prémio do júri e Prémio do público: “Pedrógão. Um ano depois do meu mundo arder”, Rádio Renascença

Categoria Narrativa Sonora Digital
Prémio do júri e Prémio do público: “Palestina, histórias de um país ocupado”, Fumaça

Categoria Infografia Digital
Prémio do júri: “Rohingya: uma crise sem fim“, Público (candidatura individual de Francisco Lopes)
Prémio do público: “Pedrógão: Um ano depois, os momentos que não vamos esquecer”, Jornal de Notícias

Categoria Ciberjornalismo de Proximidade
Prémio do júri e Prémio do público: “Famílias de Castelo Branco convidam imigrantes”, Reconquista

Categoria Ciberjornalismo Académico
Prémio do júri e Prémio do público: “Águas paradas movem o Tâmega?”, ComUM

Os prémios foram anunciados na tarde desta quinta-feira, 22 de novembro, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, durante o VI Congresso Internacional de Ciberjornalismo, em que se assinalaram os 10 anos do Observatório do Ciberjornalismo. Desde a primeira edição, em 2008,  e até o ano passado, o palmarés dos Prémios Obciber estava assim distribuído: Rádio Renascença (20), Jornal de Notícias (13), Público (11), JornalismoPortoNet (8), Expresso (3), ComUM (2), PortugalDiário (1), Sol (1), Observador (1).

O júri desta edição foi presidido por Hélder Bastos (Universidade do Porto) e era composto por professores e investigadores universitários, quase todos com um passado ligado à prática jornalística, dos quais faziam parte: Fernando Zamith (Universidade do Porto), António Granado (Universidade Nova de Lisboa), Luís António Santos (Universidade do Minho), João Canavilhas (Universidade da Beira Interior), Inês Amaral (Universidade de Coimbra), Pedro Jerónimo (Instituto Superior Miguel Torga), Luís Bonixe (Instituto Politécnico de Portalegre), Paulo Nuno Vicente (Universidade Nova de Lisboa), Maria José Baldessar (Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil) e Jesús Pérez Dasilva (Universidade do País Basco, Espanha).

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