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Quarentena. A saúde não tem preço? Tem pois!

Fogo Fátuo é a crónica de Rui Cruz para a Comunidade Cultura e Arte

por Rui Cruz
23 Abril, 2020
em Crónicas

Rui Cruz é humorista, stand up comedian e um génio (palavras dele). Escreve coisas que vê e sente e tenta com isso cultivar o pedantismo intelectual que é tão bem visto na comunidade artística.

Muitas coisas me têm irritado desde que esta pandemia tomou conta do globo, como por exemplo as estapafúrdias teorias da conspiração que envolvem aliens e Satanás, o pessoal que diz que não se vai vacinar quando existir uma vacina ou a escassez de dealers, mas poucas coisas me enervam mais do que assistir à ganância de alguns hospitais privados.

Pois é, depois de já terem ameaçado cobrar ao estado todos os encargos que tivessem com pacientes com COVID (Lusíadas Saúde e Luz Saúde), agora temos privados (CUF e, lá está, Lusíadas Saúde e Luz Saúde) a cobrarem aos utentes kits de protecção individual que por vezes ficam mais caros do que a própria consulta (80 e tal euros em alguns casos). Que lindo… Especialmente quando os utentes não são previamente informados e quando o kit cobrado é para os médicos/enfermeiros/assistentes e não para o utente. Mais bonito ainda é quando ouvimos os relatos dos utentes e estes dizem que o pessoal do hospital atendeu mais do que uma pessoa sem trocar de kit e que quando foram perguntar o que estavam a pagar e porquê ninguém lhes soube responder. Ora… confesso que já vi coisas parecidas, mas em filmes do Guy Ritchie e em esquemas de casas de alterne clandestinas.

É claro que os directores destes hospitais já se vieram defender, dizendo coisas como “estamos a seguir as recomendações da DGS”, o que eu também faço, mas ainda não consegui que nenhum caixa do Lidl me pagasse pela máscara e álcool que uso quando vou às compras; “de facto houve erros nos valores cobrados, vamos ressarcir alguns utentes”, quando? Um dia destes, quando estiver mais sol que agora custa ir ao multibanco; “não temos margens de lucro no material”, o que não deixa de ser engraçado uma vez que os preços variam de hospital para hospital e que cada utente paga por material que é usado para atender mais do que uma pessoa sem ser substituído, como ficou assente em vários testemunhos, ou seja, mesmo que o material fosse “vendido” aos utentes a preço de custo (que não é), estavam a vender a mesma coisa a 10 pessoas diferentes, ganhado 9 vezes mais do que tinham gasto. E é por isso que digo que o Vale e Azevedo escolheu a área errada.

Agora pergunto, quando há malta a dizer que o SNS está ultrapassado, que devia ser extinto e que o futuro está nos privados, como nos EUA, é disto que estão a falar? É isto que querem? O que será preciso mais para se começar a perceber que a saúde não pode ser um negócio? Desde a quantidade de gente sem cuidados médicos num país de primeiro mundo por causa do custo dos seguros e das falcatruas destes (outro assunto bem engraçado de explorar, pois mesmo aqui muitas seguradoras não comparticipam o custo do material de protecção), ao monopólio de farmacêuticas (nunca é demais lembrar a vez em que a Turing Pharmaceuticals decidiu aumentar o preço de um medicamento para os seropositivos e doentes oncológicos em 5000%, estabelecendo um preço de 671€ num medicamento que custava menos de 1€ a produzir), passando pelos assaltos à mão desinfectada que estão a fazer aqui com a maior das desfaçatezes e terminando na não-cooperação entre laboratórios e países na procura de curas por causa da “necessidade” de chegar primeiro ao mercado, é isto que o negócio da saúde tem para oferecer. Mas hei!, que se lixem os doentes, desde que possa pagar ao meu médico para receitar a Ritalina que deixa o meu puto quieto, está-se bem.

E pronto, é assim que andamos, a roubar pessoas que estão frágeis em sítios onde elas vão na esperança de se sentirem melhor. E o mais triste é que esta frase não é dita a olhar para um edifício da IURD, mas sim para um hospital.

Sugestões do dia:

Comédia:

Henrique Dias, Frederico Pombares, Roberto Pereira – Ferro Activo

Música:

King Gizzard & the Lizard Wizard – Oddments

Cinema:

Tod Browning – Freaks

Literatura:

Frank Miller – The Dark Knight Returns

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Tags: CovidFerro ActivohospitaisprivadosQuarentenasaúde

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