Podcast Nuclear. O flagelo da Sida e as marcas deixadas na cultura, “It’s A Sin”, Sylvester e Joy Division

• Música

A epidemia da SIDA foi um dos maiores flagelos sociais das últimas décadas. Houve muita crueldade, preconceito e desinformação mas também compaixão, resistência e amor no outro lado do que foi este confronto social. “It’s A Sin” é a mais recente série de Russel T. Davies, que segue um grupo de amigos a atravessar esta doença, e serve de mote para este episódio. Trata-se de um projecto que nos mostra personagens completas, pessoas reais, que criaram a sua família, encontraram-se, interiormente e socialmente, viveram a sua verdade e, só depois, a doença.

Importa dançar e celebrar, por isso, mergulhamos na transgressão de Sylvester (e recomenda-se a escuta deste álbum).  Na contemporaneidade de Christine and The Queens, numa alusão à “Divina Comédia”, de Dante. E na euforia de Years & Years – uma banda que se ergueu na última década sobre os ombros da geração retratada em “It’s A Sin” e no legado de artistas como Sylvester. Há ainda espaço para Bronski Beat, R.E.M., Joy Division e um apelo ao visionamento do filme 120 Batimentos por Minuto (trailer aqui) neste NUCLEAR. 

Novo episódio já disponível para escuta. Porque “It’s A Sin” merece mais alguma reflexão fica abaixo em foco com tralier e alguns artigos. Fiquem connosco!                                                                                                                                                                                                                          

EM FOCO: IT’S A SIN

“There are things I can’t say here. Men I dare not name. The first man I ever had sex with. A man I loved for three months in 1988. That hilarious friend I spent a mad week with in Glasgow. All of them dead, now. And they all died of Aids. But I can’t say their names because their families said they died of cancer or pneumonia. And they maintain that story to this day.”

Russel T. Davies, The Guardian. 

“It’s A Sin” é a série criada por Russel T. Davies que chega ao grande público como manifesto de resistência para a comunidade LGBTQ, um testemunho fundamental para novas gerações. O texto citado acima vale a pena ser lido, pois temos um criador a discorrer sobre a sua experiência pessoal e profissional a lidar com a epidemia da SIDA. A revista them. publicou um artigo que merece a nossa atenção. Já o Público fez uma retrospectiva das representações desta epidemia ao longo das últimas décadas no pequeno e grande ecrã. 

Este episódio foi inspirado na banda-sonora da série, a playlist completa pode ser ouvida no Spotify. Clique aqui para ouvir.