Os muitos estilos da 24.ª edição do Sofar Sounds Lisboa

por Linda Formiga,    6 Novembro, 2016
Os muitos estilos da 24.ª edição do Sofar Sounds Lisboa
PUB

A 24.ª edição do Sofar Sounds Lisboa foi profusa em estilos.

Começando pela zona de Lisboa onde ocorreu, uma antítese perfeita entre as filas de armazéns frios e rectilíneos na rua da Cintura do Porto e os edifícios belos e trabalhados da rua Fernando Palha. É num desses edifícios carregados de história que se encontra o Workhub, um espaço se cria, desenvolvem projectos e, acima de tudo, onde se preserva e honra o edifício.

O 24.º Sofar Sounds ocorreu no espaço reservado aos eventos do Workhub, pequeno para acolher tantas pessoas que quiseram, mais uma vez, ser surpreendidas.

A primeira actuação foi de Joana Barra Vaz, cantautora que se faz acompanhar apenas de uma guitarra e que nos remete para o estilo de Luís Severo. Distraída, segundo ela, não se distraiu durante os 12 minutos de música ininterrupta que nos apresentou no início da sua actuação. Com uma voz grave, poemas bem trabalhados e – já lá chegaremos – a condizer com o dom da palavra do artista que se seguiu, Joana agarrou-nos pelos ombros e segurou-nos ali, imóveis,  em silêncio. É destes momentos que a música vive – silêncios e respeito por quem toca e por quem ouve. Joana Barra Vaz estará na próxima edição do Vodafone Mexefest.

dscf6945-1

Profjam foi o músico que se seguiu. Acompanhado por Mike El Nite, apresentou-nos o mais puro do hip-hop urbano. Embora pessoalmente não siga o estilo, era impossível ficar indiferente com o talento e o dom da palavra de Profjam. Foi um set arrebatador e um nome a acompanhar para todos aqueles que gostam de hip-hop e não só.

dscf6952-1

Por fim, os Galgo.  Com quatro elementos, este colectivo de Oeiras apostam no noise rock, quase integralmente instrumental, para nos mostrar que são, provavelmente, a melhor aposta no contexto musical português actual. O primeiro – e até agora único – trabalho da banda “Pensar faz emagrecer” é um daqueles registos que nos põem de orelhas em pé por sabermos que ali irá criar-se ainda melhor música. É meramente uma questão de amadurecimento, a alma já existe. E há-de continuar.

dscf6964-1

Haverá mais edições do Sofar este mês, estejam atentos aqui.

Gostas do trabalho da Comunidade Cultura e Arte?

Podes apoiar a partir de 1€ por mês.

Artigos Relacionados