O mar de dia, a música à noite. O Theatro Circo tem 7 concertos para aproveitares em Julho

por Comunidade Cultura e Arte,    7 Junho, 2018
O mar de dia, a música à noite. O Theatro Circo tem 7 concertos para aproveitares em Julho
Adriana Calcanhotto / Fotografia de Leo Aversa
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Como é possível Braga se tornar na cidade mais procurada do país num mês quente como Julho? A resposta está na programação que o Theatro Circo tem para oferecer. Com praia a cerca de 30 km, não há melhor plano para um dos meses mais quentes do ano. O mar de dia, a música à noite. Aqui ficam sete concertos para aproveitares em Julho:

Thomas de Pourquery & Supersonics
6 de Julho | sexta-feira | 21h30

O multi-premiado músico Thomas de Pourquery atua pela segunda vez o nosso país no dia 6 de julho depois de se ter estreado no Festival Músicas do Mundo de Sines em 2017.

Depois de compor para bandas como Rigolus, DPZ ou VKNG e de cantar e tocar saxofone para artistas como Metronomy, The Shoes, Jeanne Added ou Andy Emler… depois de interpretar temas de Tom Jones, Sun Ra, Queen, Frank Sinatra, Charlie Parker e David Bowie… depois de incursões no cinema com Dogs os Navarre para o filme ‘Apnée’, de Jean Meurisseou e de Antonin Peretjatko com quem gravou ‘La loi de la jungle’… depois do primeiro álbum ‘Play Sun Ra’ com a sua banda, Supersonic, lançado em 2014 e distinguido como Melhor Álbum do Ano pelo ‘Victoires du Jazz 2014’… eis ‘Sons of Love’, o primeiro álbum de Thomas de Pourquery, o primeiro em que assume a composição de todos os temas, como uma declaração de amor.

Joana Serrat
7 de Julho | sábado | 22h00

Joana Serrat é uma das mais interessantes e premiadas novas cantautoras espanholas. De regresso a Portugal, vem a Braga dia 7 de Julho. Entre a discografia de Joana Serrat, destacam-se sem dúvida alguma os últimos três álbuns: Dear Great Canyon [2014], Cross the Verge [2016] e Dripping Springs [2018]. A música de Joana Serrat encontra-se entre a americana e o shoegaze, criando um estilo único chamada folk gaze.

Hurray For The Riff Raff
17 de Julho | terça-feira | 21h30

“The Navigator”, um dos álbuns mais aclamados de 2017 pela crítica internacional verá a luz em solo nacional trazendo Hurray For The Riff Raff numa data única ao Theatro Circo no dia 17 de julho.

Alynda Lee Segarra é de ascendência porto-riquenha, mas foi no Bronx que se formou como ser humano e artista, embebida na cena nova iorquina do punk, doo-wop e Motown. Ela é a voz, a alma e o corpo dos Hurray For The Riff Raff que já levavam na bagagem cinco álbuns de estúdio que, com a edição de The Navigator a 10 de março deste ano, acentua o caráter rock e político que Alynda tem vinda a construir à sua volta. Não é por acaso que a NPR já havia considerado “The Body Electric” como a música política do ano (2014) e agora é a Pitchfork a elevar “Rican Beach” e “Pa’lante” como duas das mais importantes músicas de protesto de 2017.

Com o espírito de Patti Smith e Bruce Springstein no apelo à comunidade”, escreve o the Guardian, “The Navigator” é o resultado da necessidade de Alynda regressar às suas origens e fazer-se ouvir acerca de temas como a gentrificação urbana do sul do Bronx, a eleição de Trump, da igualdade de direitos entre mulheres e homens, os LGBTI e na falta de liberdade interior que assola o ser humano da atualidade.

Os Hurray For The Riff Raff são um dos grupos mais nomeados para os prémios do ano de melhor álbum e música (NPR, Pitchfork, The Guardian, PopMatters, Bandcamp, Uncut, Stereogum, Vice, Daily News, American Songwriter, entre outros) e os seus espetáculos são pura víscera humana envolvida em canções que nos transportam para temas e locais que, à luz da globalização, se tornam próximos de praticamente todos nós. Um concerto que marcará a estreia da artista em Portugal num momento em que o mundo começa a olhar para Alynda Lee Segarra como uma das vozes do momento que o futuro tanto necessita.

Adriana Calcanhotto
18 de Julho | quarta-feira | 21h30

Adriana Calcanhotto, nome maior da música brasileira, regressa ao Theatro Circo para mostrar “Mulher do pau-brasil”, recuperando assim o espectáculo apresentado quando tinha 19 anos após se ter deslumbrado com o livro Pau Brasil do poeta dos anos 20 Oswald de Andrade. Depois de ter apresentado em Lisboa, Ponta Delgada e Porto, a embaixadora brasileira que termina a sua ligação oficial este mês com a Universidade de Coimbra, chega a Braga para mostrar o mais recente trabalho “com um foco bem diferente, centrado em três palavras: dor, luto e luta.

Barbez
20 de Julho | sexta-feira | 21h30

O grupo Barbez chega de uma certa cena musical nova-iorquina que faz questão de manter ligações à Europa, à sua cultura e à sua história. Uma identidade construída com rock experimental, memórias de velhos cabarets, cancioneiros da Europa Oriental e música clássica contemporânea. Formado em Brooklyn no final dos anos 90, é uma criação do guitarrista Dan Kaufman. Gravou seis álbuns, dois deles inspirados na história judaica. Nesta terceira presença no festival, apresenta um disco sobre canções de resistência da Guerra Civil espanhola. Uma homenagem aos voluntários americanos da Brigada Abraham Lincoln, que arriscaram a vida para combater o fascismo em Espanha.

The Como Mamas
21 de Julho | sábado | 21h30

Desde crianças, as irmãs Angela Taylor e Della Daniels cantam com a amiga Ester Mae Smith na igreja batista de Mt. Mariah, em Como, pequena cidade a sul de Memphis com pergaminhos na música negra. Em 2006, a editora Daptone Records foi à igreja fazer gravações para uma compilação de gospel. Quem deixou impressão mais forte foi este trio e a experiência resultou no seu próprio disco, à capella. Em 2015, saem pela primeira vez do Mississippi para ir a Nova Iorque, onde brilham no mítico Apollo Theater e gravam o álbum “Move Upstairs”, onde já são (como serão no FMM), acompanhadas por uma banda, para um louvar a Deus ainda mais poderoso e dançante.

Noa
28 de Julho | sábado | 21h30

Noa é o maior tesouro musical de Israel dos últimos anos. Nasceu em Tel Aviv de pais iemenitas mas cresceu em Nova York. Achinoam Nini canta desde os vinte anos e tornou-se a mais importante cantora internacional de Israel, abraçando todos os tipos de projectos desafiadores. Pat Metheny ou Rupert Hine produziram-na, já gravou com a Orquestra Sinfónica de Jerusalém ou com a cantora israelo-árabe Mira Awad; canta em hebraico ou iemenita, interpreta canções napolitanas, já esteve em digressão com Sting, partilhou palcos com Stevie Wonder, Sheryl Crow, George Benson ou Pino Daniele.

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