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O 3.º dia do Motelx trouxe ofertas variadas e originais

por Redacção
8 Setembro, 2018
em Cinema
O 3.º dia do Motelx trouxe ofertas variadas e originais

"Ghostland"

O terceiro dia do Motelx 2018 teve ofertas variadas e originais, confirmando-se como mais um dia de celebração do género de horror. “Ghostland” trouxe ao Motelx um dos convidados de honra desta edição, Pascal Laugier. O japonês “One Cut of the Dead” apresenta uma invulgar comédia sobre uma comédia de terror, ao mesmo tempo que Hagazussa: “A Heaten’s Curse” é um dos filmes mais perturbadores e artisticamente meritórios desta edição. A Filha, de Solveig Nordlund, tomou conta da secção Quarto Perdido. Cutterhead trouxe-nos a claustrofobia, enquanto o adolescente “The Pledge” ganhou espaço na sessão da meia-noite. Eis o que achámos:

“Hagazussa“(crítica de David Bernardino)

A Heaten’s Curse: “Hagazussa”, um dos filmes em competição para melhor longa metragem de terror europeia, dificilmente será batido nesta edição do festival, não só entre os candidatos, mas entre a programação em geral. Esta é a história do dia a dia de uma jovem que vive isolada da sua comunidade no séc. XV, após a morte da sua mãe, que os aldeões acusavam de ser uma bruxa. Na realidade a descrição narrativa pouco importa na experiência sensorial fora de série perturbante e atordoante que é “Hagazussa”. O seu conceito não é o de contar uma história mas sim o de transpor o espectador para a rotina desta mulher isolada, herege, comparada à sua mãe, e que se sugere conviver com o diabo. Observamos a sua rotina, a natureza que a rodeia no campo, a ritmo lento, sempre atmosférico, vertiginoso, construindo o horror camada sobre camada até dar a machadada final no espectador. “Hagazussa” não é um filme para todos os espectadores nem para todos os estômagos. Lukas Feigelfeld, o realizador austríaco, consegue um trabalho de excepção na cinematografia e banda sonora do filme, constantemente compenetrando o espectador no seu cenário paisagístico bucólico e fantasmagórico, com uma pontual palete de cores que nos transporta à alucinação e à paranóia deste modo de vida. No seu clímax, o ritmo lento caminha para algo de doentio, provocando habilmente o espectador ao ponto de abandonar a sala. Como se disse atrás, “Hagazussa” não é para todos os estômagos, mas é uma das mais brilhantes experiências sensoriais de género dos anos recentes. Dificilmente o Motelx exibirá filme tão marcante nesta edição.

“Ghostland” (Crítica de Sandro Cantante)

Pascal Laugier volta a trazer um filme seu ao Motelx, depois de no passado já terem sido exibidos “Martyrs” e “The Tall Man”. O realizador francês tinha também presença marcada no festival, mas acabou por não o conseguir fazer devido a uma doença. O seu aguardado regresso acabou por ser feito apenas através da sua obra, com um filme que nos faz questionar, mais do que uma vez, o que será real a cada momento. A premissa é simples, duas irmãs mudaram-se com a mãe para a casa herdada de uma tia e na primeira noite são atacadas violentamente por dois intrusos. A relação que é apresentada entre Beth e Vera, as duas irmãs, vai sofrer a partir deste momento várias mutações, fruto também de diversas realidades que são passadas através de uma cronologia intermitente.

O ambiente tenso que é criado não parte de elementos sobrenaturais, mas sim de um medo constante que se instala dentro das personagens e que é claramente perceptível, deixando para segundo plano os típicos jump scares, que já se tornaram demasiado comuns em filmes do género. A inspiração em H.P. Lovecraft, característica tanto da personagem Beth como do realizador francês, é notória no ambiente que se pretende criar na casa onde co-habitam os polos opostos da narrativa. Apesar dos vários twists, o argumento vai caindo lentamente num lugar-comum, retirando-lhe com o tempo aquilo que o fazia especial, culminando no final esperado. “Incident in Ghostland” é, contudo, uma entrada muito interessante na programação do Motelx deste ano, apresentando-se como muito superior à banalidade que marca a generalidade dos filmes mais comerciais deste género.“One Cut of the Dead” (crítica de David Bernardino)

Uma das mais interessantes e originais propostas desta edição do Motelx, “One Cut of the Dead” caracteriza-se pela sua estrutura invulgar e elogio ao “faça você mesmo” que caracterizou algumas produções historicamente falhadas da indústria cinematográfica, piscando o olho a cineastas como Ed Wood, mas ao mesmo tempo admirando George Romero ou Wes Anderson.

Abrindo com um único plano sequência de 37 minutos, “One Cut of the Dead” é a desconstrução (aqui sim, a vã palavra assenta que nem uma luva) do amor ao cinema de terror, da vontade de o produzir, do tapar atabalhoado dos problemas das produções amadoras, caracterizando-as com mestria e amor, numa comédia deliciosa. Há poucos filmes que sejam tão pouco pretensiosos como este elogio ao terror. “One Cut of the Dead” é um dos filmes mais sólidos que passou por esta edição do Motelx.“A Filha” (Crítica de Sandro Cantante)

Na sua décima-segunda edição, o Motelx presta homenagem à realizadora Solveig Nordlund, sueca naturalizada portuguesa, exibindo dois dos seus filmes. A primeira dessas sessões, “A Filha”, assenta num drama protagonizado por Nuno Melo, que enche cada cena em que entra com a sua expressividade excessiva. Um estilo que o português demonstrou sempre em qualquer peça em que entrasse, mas que em poucos filmes funcionou tão bem como neste. A sua personagem, um famoso produtor de televisão, desespera e enlouquece progressivamente à procura da sua filha que fugiu de casa. A primeira metade do filme assemelha-se a um thriller, com o protagonista a perceber, a cada pista, que a filha não é a ideia perfeita que ele tem na cabeça, mas recusando-se a aceitar as evidências.

A segunda metade assenta numa boa ideia, mas torna-se aborrecida após ser repetida por demasiado tempo, mostrando o extremo da loucura que Nuno Melo tão bem sabia interpretar. Há uma certa disconexão entre ambas as partes e um prolongar desnecessário da segunda que acabam por tornar irrelevante muito do que foi construído até esse ponto. Importante também anotar os diversos problemas técnicos que envolveram esta sessão no festival, deixando-a um pouco aquém da homenagem que tanto a realizadora como Nuno Melo mereciam aqui. Desde imensos cortes no som, algumas falhas na fita e ruídos incomodativos na película, extra-filme, à medida que caminhávamos para o final do filme, aconteceu um pouco de tudo o que não poderia acontecer a este nível.“Cutterhead” (crítica de David Bernardino)

Produção dinamarquesa, “Cutterhead” insere no horror realista claustrofóbico ao colocar uma repórter e dois mecânicos de escavações presos numa escavação de grande orçamento de projecto europeu. A narrativa é a esperada: conflitos morais, desespero de sobrevivência e uma bem sucedida claustrofobia que nunca abandona os protagonista.

No entanto, o fechar de portas a algum facilitismo comercial que tal conceito podia gerar e o ultra realismo reproduzido dá a “Cutterhead” vantagem, tornando um belíssimo exemplar de microgénero que consegue reproduzir com fidelidade a provável reacção dos seus espectador perante tal situação. Aqui não existem heróis confessos e a fragilidade psíquica das personagens será explorada com mestria. Pena que seja apenas isso, um filme conceito ultra realista que se desenrola na tela sem sobressaltos ou criatividade.“Pledge” (crítica de David Bernardino)

A sessão de meia-noite da sala 3 do Motelx por excelência, “Pledge” é um filme de terror de baixo orçamento a roçar o amadorismo, mas empoderado por uma enorme dose de boa vontade, colocando 3 apelidados nerds numa tentativa de ingressar numa qualquer fraternidade universitária norte-americana. Naturalmente, nas praxes, algo corre mal e os 3 protagonistas terão que lutar pela sobrevivência. “Pledge” é um filme cheio de boas intenções e vontade de ter criatividade narrativa, técnica, e até moral (a mensagem anti praxe é coxa e indecisa entre a moralidade e o entretenimento), mas é impossível dissociar-se o produto final da carta de amor que os envolvidos na sua produção querem enviar ao género de horror.

Raramente credível pelo seu amadorismo, e levando-se por vezes demasiado a sério, exagerando nos twists, “Pledge” fica pela intenção e pelo esforço, mas é difícil levá-lo a sério. Demasiadas cenas são cópias de outros filmes (a tortura de rato dentro de balde de metal quente é cópia chapada de “Fast & Furious”), e notam-se bem as influências dos guionistas. Será, no entanto, um belo momento de entretenimento Motelx com os amigos.

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Tags: MOTELX

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