Depois detenção de Hasél, vários protestos violentos aconteceram em Espanha.
O manifesto português, assinado por mais de cem artistas, exige a libertação imediata do rapper catalão Pablo Hásel, os signatários afirmam que “numa democracia, os artistas não são condenados a nove meses de prisão, que poderão, em cúmulo jurídico, chegar a 20 anos, por cantar e por escrever”.
Pablo Hásel foi condenado a nove meses de prisão, por glorificar o terrorismo e injuriar a monarquia espanhola. No entanto, Hásel não se entregou voluntariamente para cumprir a pena. O artista acabou detido na passada terça-feira na Universidade de Lérida (Catalunha), após se barricar nas instalações.
Já os signatários portugueses deste manifesto, entre eles Sérgio Godinho, Vhils, Fernando Ribeiro, Bordalo II, Capicua, Valete, Miguel Januário, João Rui Guerra da Mata, Lena D’Água, Janita Salomé, Manuel João Vieira, Marta Ren, Tó Trips ou Hélio Morais, defendem ainda que os crimes de que o artista catalão é acusado, como são “meros instrumentos de condicionamento das liberdades políticas dos cidadãos, inaceitáveis num Estado que se apresenta como democrático e numa União Europeia que se mantém silenciosa na condenação deste acto.“, afirmam.
Os subscritores entendem ainda que Espanha está a violar a Declaração Universal dos Direitos Humanos, no seu artigo 19.º sobre a liberdade de expressão e pedem que “o governo português adopte, perante os atropelos dos direitos humanos que ocorrem no Estado espanhol, uma postura firme em defesa da liberdade, da democracia, da liberdade de expressão e pela libertação imediata de Pablo Hasél”.
Em Espanha também mais de 200 artistas assinaram manifesto de apoio a Pablo Hasél, entre os signatários estão Joan Manuel Serrat, Pedro Almodóvar e Javier Bardem e onde se pode ler que “Agora, com a prisão de Pablo Hasél, o Estado espanhol está a equiparar-se a países como a Turquia ou Marrocos, que também contam com vários artistas presos por denunciarem os abusos cometidos pelo Estado”, denunciam os artistas.
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