Kevin Morby, Son Lux e Hinds no Super Bock Super Rock

por Comunidade Cultura e Arte,    6 Fevereiro, 2020
Kevin Morby, Son Lux e Hinds no Super Bock Super Rock
Hinds
PUB

Nos dias 16, 17 e 18 de julho, o Super Bock Super Rock volta a lançar o convite para a descoberta de novas sonoridades, no MecoSesimbra. Ao longo dos anos, o Festival tem sido uma casa eclética, e as três novas confirmações vêm reforçar essa diversidade: o cantautor norte-americano Kevin Morby e as espanholas Hinds atuam dia 16, no Palco EDP; e no dia 18, o Palco Somersby recebe o arrojo e a experimentação de Son Lux no 26º Super Bock Super Rock.

Se há dúvidas quanto ao futuro da música folk, estas dissipam-se quando se ouve Kevin Morby. Herdeiro de Dylan e de tantos outros trovadores norte-americanos, Kevin Morby faz parte de uma geração de cantores folk que inclui nomes como Angel Olsen ou Kurt Vile. Antes da carreira a solo, o músico do Texas viveu bons momentos em grupo, indispensáveis para o seu crescimento artístico, primeiro nos Woods e depois na dupla The Babies, com Cassie Ramone. Quando deixou Brooklyn e se mudou para Los Angeles, gravou uma coleção de canções dedicada à cidade de Nova Iorque. Aí percebeu-se que o seu caminho a solo começava a ganhar forma e em 2013 Kevin Morby gravou aquele que seria o seu primeiro disco em nome próprio: “Harlem River”. “Still Life”, o segundo disco, foi editado logo no ano seguinte. Por essa altura, o público e a crítica já estavam rendidos às canções clássicas e sempre belas de Kevin Morby, mas a aclamação só aumentou com os álbuns que vieram a seguir: “Singing Saw” e “City Music”. Nestes anos, publicações como a Mojo, a Uncut ou a Pitchfork não o deixaram de fora das listas dos melhores. A sua ética de trabalho descansa os fãs: já se sabe que não é preciso esperar muito para ouvir canções novas. E 2019 foi o ano de mais um disco. “Oh My God” explora as inquietações espirituais de Kevin Morby, cada vez mais maduro, e num constante diálogo com referências como Lou Reed ou Bob Dylan (a fase gospel, neste caso). Kevin Morby é hoje um dos melhores cantautores do mundo e vai regressar a Portugal em mais uma edição do Super Bock Super Rock – dia 16 de julho, no Palco EDP.

Son Lux é o projeto do intérprete, músico e compositor Ryan Lott. Lott era o mais novo de três irmãos e passou a infância a andar de um lado para o outro nos Estados Unidos: do Colorado até Atlanta, passando pela Califórnia, houve algo que se manteve sempre na formação deste jovem: o interesse pela música. Entre o jazz e o pop, entre a guitarra e o piano, Ryan foi formando a sua sensibilidade artística, com a dança a ocupar também um papel importante na sua vida, paralelamente à música. Pouco depois começou a aparecer como Son Lux – isto é, a sua voz sobre melodias noturnas e etéreas, inspiradas nos ritmos do hip hop, do rock e até da música eletrónica. Depois da participação no Festival of Faith & Music, onde atuou ao lado de nomes como Emmylou Harris e Sufjan Stevens, o projeto Son Lux começou a ficar cada vez mais sério para Ryan. Em 2008, lançou o seu disco de estreia, “At War with Walls and Mazes”, depois de quatro anos de maturação. Os discos seguintes, “We Are Rising” (2011) e “Lanterns” (2013), confirmaram todas as expetativas em relação à capacidade de Son Lux para criar peças densas, atmosféricas e difíceis de esquecer. Depois destes primeiros três discos e de muitos concertos, aquele que era o lugar de um homem só passou a ser uma banda, com mais dois elementos. Os músicos Ian Chang e Rafiq Bhatia passaram a fazer parte do projeto e já assinaram o quarto disco do grupo, “Bones”, editado em 2015. Mais ousado do que nunca, o disco revelava uma banda no caminho certo, o caminho do risco e da experimentação. Depois da edição de “Brighter Wounds” (2018), influenciado pela morte de um amigo e pelo nascimento do filho de Ryan Lott, os Son Lux continuar a mostra a sua originalidade ao mundo. E Portugal está na lista de destinos para o próximo verão – dia 18 de julho no Palco Somersby do Super Bock Super Rock.

A última década foi marcada pelo ressurgimento de boas bandas de garagem em Espanha. As Hinds marcaram a diferença e foram muito provavelmente o mais bem-sucedido de todos esses projetos. A banda nasceu em Madrid, no ano de 2011, fruto do encontro entre Carlotta Cosials e Ana García Perrote, duas jovens cansadas de ficar sentadas enquanto os amigos faziam música. Pegaram nas guitarras, aprenderam o básico para fazer as primeiras canções, e pouco tempo depois lançaram as primeiras demos em modo lo-fi na plataforma Bandcamp. “Bamboo” e “Trippy” foram essas duas primeiras canções, lançadas em 2014, e depressa causaram um burburinho junto da imprensa especializada, recebendo elogios de publicações como o NME e o jornal The Guardian. E era difícil ficar indiferente a essas canções melódicas e barulhentas, com um forte carácter adolescente e também um certo apelo pop. Entretanto, o grupo passou a quarteto com as entradas da baixista Ade Martín e da baterista Amber Grimbergen. Aquando do lançamento de mais um single, “Barn”, mudaram de nome para Hinds, depois de terem assinado Deers durante alguns anos. O disco de estreia, “Leave Me Alone” foi lançado em Janeiro de 2016. Nos meses seguintes deram concertos por toda a Europa e preparam-se para mais um disco. “I Don’t Run” contou com a produção de Gordon Raphael (The Strokes, Regina Spektor…) e foi mais uma boa prova da frescura deste pop saído da garagem, um pouco mais polido do que no início. Entretanto, o terceiro disco já está na calha. O single “Riding Solo” tem produção de Jenn Decilveo (Bat for Lashes, Anne-Marie) e revela uma banda continuamente à procura de acrescentar algo de novo à sua música, sem nunca perder a irreverência – a prova vai ser dada dia 16 de julho, no Palco EDP do Super Bock Super Rock.

Já confirmados:
16 de julho
Palco Super Bock – A$AP Rocky, Rex Orange County
Palco EDP – Kevin Morby, Hinds

17 de julho
Palco EDP – GoldLink

18 de julho
Palco Super Bock – Foals, King Gizzard & the Lizard Wizard, Kali Uchis
Palco EDP – Local Natives, The Neighbourhood, Boy Pablo
Palco Somersby – Son Lux

Informação de Bilhetes
Fã Pack exclusivo FNAC – 95€

De 1 janeiro a 31 de março:
Passe Geral – 110€
Bilhete Diário – 55€

De 1 de abril a 15 de julho:
Passe Geral – 120€
Bilhete Diário – 60€

Nos dias do Festival:
Passe Geral – 130€
Bilhete Diário – 65€

Locais de Venda
Blueticket, Call Center informações e reservas 1820 (24 horas), ABEP, Bilheteiras da Altice Arena, rede Pagaqui, FNAC e em bilheteira.fnac.pt, Worten, Phone House, ACP, El Corte Inglês, Turismo de Lisboa, Festicket.

Gostas do trabalho da Comunidade Cultura e Arte?

Podes apoiar a partir de 1€ por mês.

Artigos Relacionados