Já se pode ouvir “Bonanza”, novo disco dos Madrepaz

por Comunidade Cultura e Arte,    13 Novembro, 2018
Já se pode ouvir “Bonanza”, novo disco dos Madrepaz
Madrepaz
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Dois anos, dois discos. Depois de “Panoramix”, em 2017 – que mereceu lugar de destaque nos balanços musicais do ano e mais de 40 concertos pela Península Ibérica – chega agora Bonanza”, o segundo álbum de originais de Madrepaz.

«Nada é ao acaso. “Bonanza” e “Luz de Candeia”, os dois singles de avanço que têm vindo a tocar na rádio, são também as duas primeiras músicas do disco. Abrem as portas a uma narrativa acerca da prosperidade e do amor que, ao longo de 11 canções, reflecte os nossos valores e a nossa conduta para a vida.»

Este disco pode ser descrito como um encontro entre o Folk cuidado de bandas como Fleet Foxes e Ray la Montagne, a ginga da música Latino-Americana de Natalia LaFourcade e Gilberto Gil, e a lírica inspirada em artistas como Zeca Afonso ou Fausto Bordalo Dias. É um disco de canções luminosas, de composições hipnotizantes e vozes cristalinas.

«A força deste disco vem da generosidade de cada pessoa que se cruzou com o “Bonanza”. A inspiração que fomos buscar à Quinta do Boição do Meio, onde compusemos o disco, ganhou expressão maior quando o Diogo Rodrigues nos abriu as portas dos Estúdios de Alvalade. Sem os ouvidos felinos do nosso amigo Hugo Valverde, ou sem o profissionalismo do Miguel Pinheiro Marques, este disco não teria a mesma profundidade.»

A convite dos Madrepaz, também o talento dos saxofonistas António Bruheim (The Gift, Valete) e Dinis Silva (Da Chick) e os trompetistas Sandro Félix (Da Chick, Oquestrada) e Gonçalo Seco (Kumpania Algazarra) se encontram neste disco, para acrescentar a cor dos instrumentos de sopro e apimentar o formato canção, escolhido coerentemente para musicar esta etapa da banda de Lisboa.

Bonanza” trata as palavras com delicadeza. A narrativa, sempre clara, ressuscita memórias passadas de Portugal. Descreve pormenores da vivência na nova Lisboa e conta a história inspirada em personagens da vida real, com uma admiração enorme pela poesia do “guardador de rebanhos” Alberto Caeiro. Desde a maneira descontraída como as palavras fluem em “Queimando Incenso” e “Mil Folhas” à conversa com um amigo brasileiro em “Muito Obrigado”, existe sempre um lado contemplativo que atravessa as canções com um olhar maduro e sensato.

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