Comunidade Cultura e Arte
No Result
View All Result
  • CINEMA
  • TV
  • MÚSICA
  • LIVROS
  • ARTES
  • SOCIEDADE
  • ENTREVISTAS
  • OPINIÃO
    • CRÍTICAS
    • CRÓNICAS
  • CINEMA
  • TV
  • MÚSICA
  • LIVROS
  • ARTES
  • SOCIEDADE
  • ENTREVISTAS
  • OPINIÃO
    • CRÍTICAS
    • CRÓNICAS
No Result
View All Result
Comunidade Cultura e Arte
No Result
View All Result

François Truffaut em 16mm

por Sara Camilo
21 Outubro, 2016
em Cinema
François Truffaut em 16mm

François Truffaut foi um ícone do Cinema, um grande cineasta francês também conhecido por ser um dos fundadores do movimento artístico Nouvelle Vague permanecendo até hoje na mente e na memória visual da história do cinema do século XX. Este ano faria 84 anos e é com todo o gosto que comemoramos a sua vida e obra.

O realizador nasceu a 6 de Fevereiro de 1932, em Paris. Ao longo da sua carreira de 29 anos (1954-1983), realizou 24 filmes, 21 longas-metragens e 3 curtas-metragens.

Truffaut fez uma espécie de pertence pessoal e íntimo de cada filme seu. Mostrava constantemente pormenores da sua vida privada e apresenta-os nos seus filmes, de forma bastante persuasiva para a narrativa em questão.

Esta curiosidade por Truffaut surge-nos de um modo bastante espontâneo, já que foi um autor capaz de se reinventar a cada filme. As suas obras são notáveis, mas também são facilmente distinguidas entre si pela diferença nos aspectos temáticos, estruturais e também formais. Esta característica é uma das razões do porquê de a sua obra ser tão reconhecida e destacada.

Temos os filmes que contam a sua infância, parte da adolescência e partes da vida adulta como Les quatre cents coups (1959), Antoine et Colette (1962) e Baisers volés (1968). Filmes que fazem parte de um género cinematográfico chamado Film Noir, como La sirène du Mississipi (1969) ou La femme d’à côté (1981). Filmes históricos como Jules et Jim (1962) , L’Enfant sauvage (1969) e L’Histoire d’Adèle H. (1975). E temos ainda muitos outros filmes, igualmente interessantes, que não assentam sobre categoria alguma.

Truffaut, como qualquer ser humano, foi influenciado pelo que o rodeia, pelo que lê e pelo que vê. Teve claras influências visuais, como ele próprio o admitiu, de Ernst Lubitsch, Rosselini, Howard Hawks e Jean Renoir. Aquilo que lia também tinha algum peso nos seus filmes como eram os casos de Balzac, Proust, Jean Genet e livros que falassem também do cinema do ponto de vista da experiência. Livros de Jean Cocteau ou Sacha Guitry, por exemplo.

Mas não é só na realização de filmes que ele se destacou. Truffaut tinha um eterno desejo de ser um bom escritor e na década de 50 sobressai no seu papel de crítico cinematográfico. As suas opiniões sobre determinados realizadores e sobre a forma de fazer cinema, rapidamente levaram à criação de novas linguagens, novas maneiras de fazer cinema, novas formas de realizar um filme e conduzir uma narrativa.

Foi também nesta época que surge a introdução do termo “filmes de autor”. O realizador não escolhe só os planos, mas é também o seu autor, o criador. Todos os processos do filme têm o cunho do realizador.

Dizia-se que Truffaut era uma pessoa complexa, controversa mas bastante inteligente. Demonstrava também elevada timidez, como muitas das personagens dele nos filmes. Foi um autor extremamente reflexivo e exigia do seu público o mesmo. O espectador trazia um contributo essencial para o filme, não só nas suas interpretações, mas também a participação activa na criação de uma significação.

François tinha em si uma enorme bagagem cinematográfica, que trazia desde os seus 8 anos pelo vasto visionamento dos filmes e a constante anotação de pequenos pormenores de extrema importância que lhe cativavam a atenção. Esta grande cultura visual que Truffaut traz consigo permitiram-lhe ser um grande realizador na parte técnica da questão, e a emocionalidade, que dá “cheiro” aos seus filmes, é trazida também pela forma como consegue intelectualizar toda a questão.

Os filmes de 16mm eram os seus favoritos e o cinema era vida para François. Foi no cinema que ele se refugiou em muito novo e daí a grande ligação que teve à 7.ª arte. O cinema dava-lhe algumas ideias, mas era pelas pessoas que ele se interessava, e era isso que o movia. As relações, as ligações, as emoções.

Foi um grande realizador das ideologias humanas e sentimentais. Não fazia filmes para a intelectualização, fazia filmes para a emoção, emoção da vida das personagens e os sentimentos reflectem-se no público que ainda os sente. 

Se quiseres ajudar a Comunidade Cultura e Arte, para que seja um projecto profissional e de referência, podes apoiar aqui.

Tags: cinemafilm noirfilme de autorFrançois Truffautfrench cinemaNouvelle Vague

Artigos Relacionados

Scorsese diz que o cinema não é “conteúdo” e queixa-se da falta de curadoria das plataformas de streaming

Scorsese diz que o cinema não é “conteúdo” e queixa-se da falta de curadoria das plataformas de streaming

por Redacção
18 Fevereiro, 2021
0

Martin Scorsese é um dos realizadores mais importantes da actualidade, tanto pelo seu histórico, já fez mais de 69 filmes...

David Cronenberg e a prevenção rodoviária

David Cronenberg e a prevenção rodoviária

por Rui Alves de Sousa
21 Janeiro, 2021
0

O cinema pode ser uma porta para todas as perversões possíveis e imagináveis. No grande ecrã, sem outras pessoas que...

Agora podes reservar uma sala dos cinemas NOS e ver um filme à escolha

Agora podes reservar uma sala dos cinemas NOS e ver um filme à escolha

por Redacção
27 Novembro, 2020
0

"Uma Sala Só Para Ti", o novo formato de ida ao cinema lançado recentemente pela NOS Cinemas, acaba de alargar...

Estudantes criam movimento para proteger o Cinema Português e organizam manifestação na próxima terça-feira

Vai ser possível reservar salas de cinema em Portugal para ver filmes em privado, com amigos ou família

por Redacção
8 Novembro, 2020
0

A partir de agora, os clientes poderão reservar uma sala exclusiva para um aniversário, uma reunião de família ou qualquer...

Os guerreiros e os burocratas de Akira Kurosawa

Os guerreiros e os burocratas de Akira Kurosawa

por Rui Alves de Sousa
29 Outubro, 2020
0

I Na espantosa e tenebrosa tragédia de “Trono de Sangue”, variação de "Macbeth" para a História do Japão, há espaço...

Os filmes e o suspense de Alfred Hitchcock

Os filmes e o suspense de Alfred Hitchcock

por Lucas Brandão
6 Abril, 2021
0

Alfred Hitchcock não precisa de introduções. É o mestre do suspense, mesmo após já ter falecido há mais de 40...

Assina a nossa Newsletter

Recebe em primeira mão, todas as novidades da Comunidade Cultura e Arte

Os mais Populares

Óscares 2021: onde ver os filmes nomeados, em streaming ou de forma gratuita

Óscares 2021: onde ver os filmes nomeados, em streaming ou de forma gratuita

12 Abril, 2021
RTP2 exibe concerto de Harry Styles em Manchester

RTP2 exibe concerto de Harry Styles em Manchester

30 Março, 2021
Comissão Europeia propõe manter “fim do roaming” durante mais 10 anos e quer preço e velocidade iguais em toda a UE

Comissão Europeia lança plataforma de acesso aberto para a publicação de artigos científicos

24 Março, 2021
“At Eternity’s Gate”. Filme sobre a vida do pintor Vincent Van Gogh está disponível na RTP Play

“At Eternity’s Gate”. Filme sobre a vida do pintor Vincent Van Gogh está disponível na RTP Play

15 Abril, 2021

Sobre a Comunidade Cultura e Arte

A Comunidade Cultura e Arte tem como principal missão popularizar e homenagear a Cultura e a Arte em todas as suas vertentes.

A Comunidade Cultura e Arte procura informação actual, rigorosa, isenta, independente de poderes políticos ou particulares, e com orientação criativa para os leitores.

ver mais

Segue-nos no Facebook

Segue-nos no Instagram

Seguir

  • Sobre a CCA
  • Privacidade & Cookies
  • Apoiantes
  • Parceiros
  • Fala Connosco Aqui

CCA 2019 © Todos os direitos são reservados.

No Result
View All Result
  • CINEMA
  • TV
  • MÚSICA
  • LIVROS
  • ARTES
  • SOCIEDADE
  • ENTREVISTAS
  • OPINIÃO
    • CRÍTICAS
    • CRÓNICAS

CCA 2019 © Todos os direitos são reservados.

Go to mobile version