Documentário sobre Anne Frank estreia nos cinemas portugueses

por Comunidade Cultura e Arte,    9 Setembro, 2020
Documentário sobre Anne Frank estreia nos cinemas portugueses
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A vencedora de um Óscar Helen Mirren retrata a vida de Anne através das páginas do seu diário, e a vida de outras 5 mulheres que, quando crianças e adolescentes, também foram levadas para campos de concentração porém sobreviveram ao Holocausto.

A Actriz Helen Mirren, vencedora do Óscar de Melhor Actriz por The Queen, é a guia especial do documentário #AnneFrank – Vidas Paralelas, escrito e realizado por Sabina Fedeli e Anna Migotto, com a trilha original de Lele Marchitelli, produzido pela 3D Produzioni e a Nexo Digital em colaboração com a Anne Frank Fonds, Basel, e a Sky Arte, que chega a Portugal no dia 24 de Setembro de 2020.  

Anne Frank nasceu em Frankfurt no dia 12 de junho de 1929 e hoje ela teria 90 anos de idade. O documentário dedicado a ela conta a história da sua vida através das páginas do seu diário : um texto extraordinário que deu a conhecer a tragédia do Nazismo a milhões de leitores ao redor do mundo, e revelou a brilhante inteligência duma jovem rapariga que gostava de se tornar escritora. 

Uma única Anne Frank nos move mais do que outros inúmeros que sofreram tanto quanto ela, mas que permaneceram à sombra.

Primo Levi

A história de Anne é intercalada com a de cinco sobreviventes do Holocausto, raparigas adolescentes como ela, com os mesmos ideais, o mesmo desejo de viver, a mesma coragem: Arianna Szörenyi, Sarah Lichtsztejn-Montard, Helga Weiss e as irmãs Andra e Tatiana Bucci.

Como teria sido a vida de Anne Frank se tivesse sobrevivido aos dias em Auschwitz e Bergen Belsen? O que a sua voz talentosa teria nos dito sobre o mal, sobre Auschwitz, sobre as marchas da morte, sobre Bergen Belsen? E o que a faz, ainda hoje, uma amiga de milhões de adolescentes que se identificam com a sua juventude, o seu sofrimento e os seus medos? Anne escreveu sobre si e o mundo a sua volta a uma amiga imaginária chamada Kitty, um espelho e um consolo para ela.

Helen Mirren apresenta ao público a história de Anne através das palavras do seu diário. O cenário é o seu quarto no refúgio secreto de Amsterdão, reconstruído em todos os detalhes por cenógrafos do Piccolo Theatre, em Milão, integrante da União de Teatros Europeus. Uma reconstrução autêntica e notavelmente fiel que nos transporta de volta a 1942. O local contém os objetos da vida de Anne, as fotografias com as quais cobriu as paredes e os cadernos que escreveu.

Fora do “cenário”, uma rapariga, interpretada por Martina Gatti, leva-nos a uma jornada para conhecer os locais que fizeram parte da curta vida de Anne Frank e dos seus sentimentos. Uma jovem dos dias de hoje que quer conhecer a história da adolescente judia que se tornou um símbolo das maiores tragédias do século XX. Ela também usa as redes sociais para se comunicar connosco. 

https://www.youtube.com/watch?v=5zBWt61RqN8

Aliás, fotos e publicações são a sua linguagem, e deste modo Martina nos apresenta a sua interpretação das suas descobertas, o que ela vê, desde o campo de concentração Bergen-Belsen na Alemanha (onde Anne e a sua irmã Margot morreram) ao Memorial do Holocausto em Paris, até a sua visita ao refúgio secreto em Amsterdão. Martina é uma das milhares de adolescentes que se sentem próximas a Anne, uma das várias amigas imaginárias, das várias Kitties espalhadas pelo mundo que sonham ter um lugar especial em seu coração. O seu papel como uma testemunha silenciosa, a falar com os seus semelhantes através das redes sociais, vem da necessidade de posicionar as tragédias do passado em perspectiva ao presente, para se perceber o que poderia ser um antídoto hoje contra todas as formas de racismo, discriminação e anti-semitismo.

Quem assina a banda sonora original do filme é Lele Marchitelli, que tem composto músicas para filmes de realizadores renomados Giuseppe Piccioni, Renato De Maria, Cinzia TH Torrini, Riccardo Milani, Carlo Verdone, Paolo Sorrentino – a incluir a trilha sonora do filme La Grande Bellezza (The Great Beauty).

Anne Frank Fonds foi fundada em Basel em 1963 por Otto Frank como uma organização sem fins lucrativos. A fundação detém os direitos dos trabalhos, das cartas e das fotos de Anne Frank e dos membros da sua família.

#AnneFrank – Vidas Paralelas – uma produção 3D Produzioni e Nexo Digital em colaboração com Anne Frank Fonds, Basel e o Piccolo Teatro, Milan-Teatro d’Europa, (integrante da União dos Teatros Europeus desde 1990) fundado por Giorgio Strehler, a estrear nos cinemas portugueses a partir de 24 de Setembro. Mais propriamente nos cinemas City Alvalade (Lisboa), UCI El Corte Inglès (Lisboa), UCI Arrábida (Porto) e O Cinema da Villa (Cascais).

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