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‘Doctor Strange’, as peças de sempre num tabuleiro diferente

por João Estróia Vieira
29 Novembro, 2016
em Cinema, Críticas
‘Doctor Strange’, as peças de sempre num tabuleiro diferente

Não há neste Doctor Strange uma fórmula inovadora dentro do usual no Universo Marvel. Ainda que a mesma se tenha aqui reinventado em certa medida, sentimos já conhecer toda a sua história e abordagem como se de uma mera reciclagem de filmes anteriores se tratasse. Esperava-se uma “abordagem” mais negra por parte de Scott Derrickson, realizador de Sinister e Exorcism of Emily Rose. Apesar de tudo isto, Doctor Strange tem a capacidade de trazer uma fresca e ansiada originalidade nestas corporativas adaptações de BD.

Se a fórmula está gasta, as receitas de bilheteira mostram-nos que, pelo menos, está longe de estar esgotada como máquina de gerar interesse junto dos fãs. Para além disso, e quanto ao humor, esse é já cartão de visita distinguível em bons momentos de descontração durante o filme.

Grande parte do que de positivo Doctor Strange tem para oferecer prende-se sobretudo com o cast recheado de estrelas, onde se destacam obviamente Benedict Cumberbatch e Rachel McAdams. O primeiro é o protagonista desta história, Stephen Strange, um neurocirurgião brilhante, arrogante e milionário que repudia os sentimentos amorosos (cof cof Iron Man) que sente pela bela Christine Palmer (Rachel). Depois de um grave acidente que o deixa incapacitado de exercer a sua carreira, viaja até ao Nepal sob o pretexto de uma pretensa cura. Lá encontra Chiwetel Ejiofor (Mordo) e Benedict Wong (Wong), discípulos de uma irreconhecível Tilda Swinton (quantas vezes já se disse isto ao longo da carreira da actriz?). Mordo e Wong funcionam em prol do filme, proporcionando alguns momentos de maior seriedade e humor. Uma espécie de Ying e Yang neste espiritual filme de super-heróis.

É a cargo de Tilda Swinton (The Ancient One) que Doctor Strange vai adquirir super-poderes à medida em que aprende a questionar tudo o que tomava como certo na vida. Esta é, de resto, uma das camadas mais interessantes do filme, a par daquela que Doctor Strange tem na reabilitação pós-acidente para recuperar a totalidade das capacidades físicas que possuía e onde o actor faz uso de toda a sua qualidade para dar alguma substância à personagem.

Contudo, como é normal em filmes do género, há outras estrelas sem o espaço necessário para mostrar toda a sua qualidade. Reflexo disso é Kaecilius, o “mauzão” da história e invariavelmente o ostracizado neste tipo de situações. Mads Mikkelsen pouco fala e pouco mostra de si num vilão que tinha “motivações” e intérprete à altura para ser uma surpresa pela positiva. Le Chiffre faz Kaecillius parecer um menino de coro que sabe fazer truques de magia.

É no visual que este Doctor Strange se afasta da concorrência (que em número não lhe falta). Não é por acaso que Stan Lee aparece numa das suas famosas cameos como um passageiro de autocarro lendo “As Portas da Percepção“, livro de Aldous Huxley. O autor afirma no livro que a nossa capacidade de percepção sobre o que nos rodeia está filtrada pelo nosso cérebro. Para testar o contrário, tomou drogas que lhe permitiram abrir “as portas da percepção”, passando o espaço e as dimensões a ser “irrelevantes” e a não estarem limitadas pelo nosso cérebro.

E é neste imaginário que nos surgem os melhores momentos do filme, a par da luta interior levada a cabo por Strange. Este novo filme da Marvel possui cenários quase “tripantes” causados pela desconstrução das cidades (a fazer lembrar em alguns momentos o filme de Christopher Nolan, Inception) como se de um cubo de Rubik se tratassem.

Em suma, Doctor Strange não será um filme para recordar com saudade, mas é claramente um dos melhores títulos que a Marvel nos trouxe, com uma roupagem visual que faz valer a pena um visionamento em 3D. Em suma, um entretido filme de pipoca que proporciona bons momentos e um sentimento de satisfação para quem vai deliberadamente ao seu encontro mas que não deixa de desiludir quem já se começa a cansar da mesma receita de sempre por parte da Marvel.

Fiquem para a cena pós-créditos. Não a cena que aparece no final do filme em si, mas a cena que aparece depois de todos os créditos passarem.

razoavel

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Tags: Benedict CumberbatchBenedict WongChiwetel EjioforDoctor StrangeMarvelRachel McAdamsScott DerricksonStan LeeTilda Swinton

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