Brigitte Bardot pede redução do IVA sobre medicamentos veterinários de 20% para 5,5%

por Comunidade Cultura e Arte,    5 Dezembro, 2018
Brigitte Bardot pede redução do IVA sobre medicamentos veterinários de 20% para 5,5%
Brigitte Bardot em 2001 / Fotografia de Charly Hel
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A actriz Brigitte Bardot, que deixou de representar em 1973 com o filme “A vida alegre de Colinot”, deu uma entrevista ao jornal diário Le Parisien e abordou vários temas, tendo inclusive opiniões no mínimo engraçadas e até controversas.

Política

Bardot diz-se farta de política, no entanto apoia a causa dos Coletes Amarelos: “Estou com eles. Macron não concedeu o corte nos impostos previsto para Janeiro. De um lado há ministros com motoristas, do outro, pessoas que têm pouco dinheiro para terminar o mês. Vou acabar por me tornar comunista …. Não, não (risos).” Macron comporta-se como um mestre sem empatia, extremamente distante, superior, com um lado real. Mas apenas os tolos não mudam de ideias”. Por outro lado a ex-actriz disse ainda que o actual Presidente francês tem charme e que “deveria ser actor. Tem um bom físico e é extraordinariamente sedutor.”.

No inicio do Verão passado Brigitte Bardot e Emmanuel Macron reuniram-se para falar sobre a Fundação de  Bardot, uma instituição dedicada ao bem estar animal fundada em 1986 e que é considerada de utilidade pública desde 1992. Segundo a actriz francesa, Macron “queria conhecer as nossas necessidades mais urgentes”, mas “assim que virou costas deu escandalosos benefícios aos caçadores. Íamos encontrar-nos novamente em Dezembro, mas ele adiou a reunião indefinidamente. O que eu estou a pedir é a redução do IVA sobre medicamentos veterinários de 20% para 5,5%. Há pessoas sem dinheiro que têm animais e os medicamentos são caros.”. Em Portugal os tratamentos medico-veterinários são tributados com 23% de IVA.

Fiona e Filoute nos braços de Brigitte Bardot, em 2018 / Fotografia de Bernard D’Ormale

Cinema

Sobre voltar a representar, Bardot explicou que recentemente não aceitou o convite do cineasta Claude Lelouch para um filme: “Há oito dias, Claude Lelouch ligou-me e disse: ‘Brigitte, estou a ligar-te porque gostaria de te propor algo’. Eu disse não imediatamente, sem deixá-lo terminar a frase. Não! Depois falamos sobre outra coisa. Ele fez um filme com Belmondo e queria o regresso do Belmondo e da Brigitte Bardot ah ah!”.

Já quando questionada se esse filme não poderia ser uma reflexão sobre a velhice de um casal, como aconteceu em Amor, do realizador Michael Haneke, a actriz foi peremptória na sua opinião: “Oh não, eu odeio [esse filme]. Vi umas partes na TV. Não precisamos de mostrar a velhice. Odeio esse tipo de coisas no cinema. Mostre-me lindas miúdas com lindos miúdos e lindas histórias de amor que nos fazem sonhar. A vida não é engraçada e os filmes também não são. É um pesadelo. E todos os actores são iguais, todos têm as mesmas barbas estudadas, intercambiáveis, não há diferença entre um e outro. Há miúdas engraçadas, mas já não as tornamos bonitas. Amo a beleza e a beleza já não interessa ao cinema. Nós apenas filmamos a vida quotidiana.”

Séries

O que gosta então a actriz de ver? “Eu adorei a série “Downton Abbey”. Subjugou-me! É elegante e é a pintura de um tempo que, infelizmente, acabou. É extraordinariamente alegre e informativa”.

A entrevista à Le Parisien terminou ainda com a seguinte revelação: “Não vejo os meus filmes ou as minhas fotos, não ouço as minhas músicas. Nunca olho para o passado. Isso deixa-me nostálgica e triste. Apenas conta o presente. No entanto, o seu esposo Bernard D’Ormale, que é casado com ela desde 1992, interrompeu a resposta da actriz e revelou que ele costuma ouvir as músicas de Brigitte Bardot.

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