“Avengers: Endgame” não é só um filme de super-heróis, é também uma epopeia moderna

por Comunidade Cultura e Arte,    29 Abril, 2019
“Avengers: Endgame” não é só um filme de super-heróis, é também uma epopeia moderna
“Avengers: Endgame” (2019), de Anthony Russo e Joe Russo
PUB

É sem dúvida um dos melhore filmes (se não o melhor) que a Marvel/Disney deu ao cinema. “Avengers:
Endgame” bateu todos os recordes e lucrou mil milhões de euros na sua estreia. Terá sido também o
melhor dia de estreia de um filme em Portugal, segundo o jornal Público.

No entanto, este filme não se trata só de números – é muito mais que isso. Com uma duração de cerca
de 3 horas, é impossível dizer que é só mais um filme de super-heróis. Simplesmente não o é. É a
culminação de uma história criada nos últimos 11 anos e é uma verdadeira epopeia moderna, sendo
comparável aos filmes épicos da velha Hollywood dos anos 50.

“Avengers: Endgame” (2019), de Anthony Russo e Joe Russo

Um dos pontos mais fortes de “Endgame” é o poder que a realização dos irmãos Russo tira de uma sala
de cinema. Os dois cineastas tornaram o filme num autêntico espetáculo audiovisual. Através da
fotografia de Trent Opaloch e da banda sonora, que ficou a cargo de Alan Silvestri, “Endgame” é de facto uma experiência merecedora de um grande ecrã e de uma sala escura.
A juntar a isso, a história e o desenvolvimento das personagens saem do normal que é esperado deste tipo de filmes, sendo construídas de uma forma imersiva e emocional que torna as 3 horas de duração quase impercéptiveis. Os 6 super-heróis originais têm um desenvolvimento que dá uma conclusão satisfatória que tão bem conhecemos, principalmente Steve Rogers e Tony Stark, que se tornam assim das personagens mais interessantes apresentadas pelo universo da Marvel.

“Avengers: Endgame” (2019), de Anthony Russo e Joe Russo

A carga emocional que “Avengers: Endgame” transporta, e que foi construída ao longo de 11 anos e durante 22 filmes, é usada de uma forma muito bem conseguida por Anthony Russo e Joe Russo, dando ao filme uma força e um poder catárticos.
“Avengers: Endgame” tem um final perfeito para esta viagem que tinha tudo para não trair a confiança dos fãs e que se tornou num fenómeno cultural ao nível de “Star Wars”.

Crítica de Jasmim Bettencourt 
Nascido em 1998 e natural de Sintra, Jasmim Bettencourt está atualmente a fazer a Licenciatura em Estudos Gerais na FLUL e tem ambições de se tornar cineasta e dedicar a sua vida à sétima arte, que é a sua grande paixão.

Gostas do trabalho da Comunidade Cultura e Arte?

Podes apoiar a partir de 1€ por mês.

Artigos Relacionados