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50 anos de “White Album”, dos Beatles

por José Malta
21 Novembro, 2018
em Música
50 anos de “White Album”, dos Beatles

Beatles no Verão de 1968 / Fotografia de Tom Murray

Decorria o ano de 1968, um ano que em termos musicais contara com o aparecimento de novas bandas e também com desenvolvimento de trabalhos de outras bandas e intérpretes que tinham surgido em anos anteriores.

A música rock encontrava-se em grande forma pois a década de 60 foi fortemente marcada pela intensificação deste estilo musical que oferecia canções altamente marcantes para as gerações do momento e que, por conseguinte, facilmente seriam eternizáveis. Falar da música desta época no seu todo não seria a mesma coisa sem referir aquele que foi o quarteto mais ilustre, e que ainda hoje é considerado a maior influência da música enquanto conjunto musical: os Beatles.

Beatles no Verão de 1968 / Fotografia de Tom Murray

Apesar do aparecimento de novas vertentes e estilos diferentes, os anos 60 continuavam prenominados pelos famosos quatro rapazes de Liverpool, John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr que cresceram e souberam ter a proeza de criar novas melodias que conseguiriam mover multidões, cada uma com o seu sucesso característico. O domínio dos Beatles era de tal modo que, mais do que uma banda, tornaram-se inevitavelmente numa marca. Isto é, qualquer trabalho musical que projectasse o seu nome teria implicitamente sucesso garantido. Assim, depois de uma época cheia de álbuns de grande sucesso entre os quais o célebre Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band lançado no ano anterior, os Beatles procuravam continuar a ter um futuro ainda mais risonho ao lançar um álbum que prometesse vir a ser não só inovador mas também musicalmente intenso.

O décimo álbum de estúdio viria então a ser intitulado com nome da banda (The Beatles) e ao contrário dos álbuns anteriores que exibiam os membros na sua capa de modo a que a figura de cada um estivesse exposta de um modo exuberante, a capa deste álbum consistia num enorme fundo branco com o título em letras pequenas passando mais despercebido, de tal forma que é conhecido por todos como “o álbum branco” (White Album). Este é um trabalho recheado de canções (30 no total) que se tornariam ilustres, num universo musical cada vez mais dominado pelo conjunto britânico que não parava de surpreender e que prometia ainda ter bastante para oferecer.

Beatles durante as gravações do “White Album”, em 1968 / Fotografia de Linda McCartney

O White álbum fora gravado entre os meses de Maio e Outubro de 1968, contando com letras de canções escritas logo após Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band. Os membros da banda, não perderam tempo e meteram logo mãos à obra noutro trabalho musical, este, que seria também marcado pela presença de Yoko Ono, companheira de John Lennon, durante as gravações. Ao repertório já bem conhecido dos Beatles adicionar-se-iam algumas tonalidades de rock mais melodioso, blues e folk nas canções que tornavam este num dos álbuns mais emblemáticos de toda uma era. Inicia-se com Back in the U.S.S.R., uma melodia animada com letra escrita por Paul McCartney e que seria uma espécie de sátira à canção de Chuck Berry Back in the U.S.A.,seguindo-se Dear Prudence, uma melodia típica de John Lennon assim como Glass Onion. Na quarta faixa encontramos Ob-La-Di, Ob-La-Da canção escrita por Paul McCartney que viria a ser um dos hits do momento e que ainda hoje se encontra muito associada ao estilo animado e melódico dos próprios Beatles, em especial ao próprio McCartney, estando esse estilo presente também em Wild Honey Pie com algum folk psicadélico à mistura. The Continuing Story of Bungalow Bill conta com a presença de Yoko Ono que se junta ao coro dos músicos que acompanham voz de John Lennon na canção. E porque o estilo dos Beatles não se resume apenas aos quatro membros, o mítico While my Guitar Gently Weeps, escrita por George Harrison, conta com o seu amigo Eric Clapton, já na sua carreira a solo independente, que colaboraria numa das mais belas canções do rock de sempre, protagonizando um solo de guitarra altamente sublime.

Beatles no Verão de 1968 / Fotografia de Tom Murray

Seguem-se outras tantas canções que dão mais cor ao álbum e também ao reportório dos Beatles que se tornava cada vez mais universal. Happiness is a Warm Gun, Martha My Dear eI’m So Tired, mostram um lado sinfónico por detrás dos Beatles. Já Blackbird, uma das mais belas baladas da banda, escrita e interpretada por Paul McCartney, teve um sucesso bastante consideráveis dentro e fora do álbum, sendo um dos mais belos clássicos da banda. Surgem outras baladas melódicas que mostram bem o espírito dos Beatles como Piggies, Rocky Raccoon, Don’t Pass Me By, Why Don’t We Do It In The Road, I Will, Julia onde surgem estilos como o folk, o blues e até mesmo o country, ainda não muito explorados pela banda. Outra das faixas mais emblemáticas do álbum é Birthday que exibe um rock acelerado e que apesar dos seus dois minutos e meio de duração, consegue dar mais ânimo a este álbum sendo também esta uma das canções mais aclamadas do vasto repertório dos Beatles. Yer Blues mostra um blues ao estilo Beatles, uma vertente que começava a assentar na perfeição a uma banda que se mostrava cada vez mais madura e sem medo de correr riscos. Seguem-se ainda Mother’s Nature Son, Everybody’s Got Something to Hide Except Me and My Monkey, Sexy Sadie, Helter Skelter e Long, Long, Long, um conjunto de baladas que se alternam com canções aceleradas, dando mais riqueza musical a um álbum que, apesar de longo, não se mostra nada repetitivo, continuando altamente viciante e com novidades musicais faixa após faixa.

Beatles no Verão de 1968 / Fotografia de Tom Murray

E se há banda que teve um espírito revolucionário no mundo da música, os Beatles são certamente o maior exemplo disso. Daí que Revolution 1, canção escrita por John Lennon deu uma alavancagem a toda uma geração que se manifestava contra as guerras a decorrer no mundo, em particular em relação à guerra do Vietname, e também em relação aos movimentos estudantis que ocorreram no mês de Maio desse mesmo ano em Paris. A canção faz também referência ao assassinato de Martin Luther King Jr e ao líder da China Mao Tsé-Tung ao longo de uma letra manifestamente política e que conseguiria ter um impacto social muito significativo. Após outras três canções, Honey Pie, Savoy Truffle e Cry Baby Crysurge Revolution 9, uma miscelânea de sons musicais, conversas, gritos de revolta, numa espécie de consequência do impacto de Revolution 1. O álbum termina com a canção intitulada por Good Night, uma espécie de canção de embalar onde os violinos acompanham a voz de Ringo Star até ao desfecho da melodia.

O White álbum, “Álbum Branco”, ou como cada língua ou dialecto gosta de chamar ao álbum The Beatles, trata-se de um trabalho musical extenso no qual combinam diferentes estilos musicais que se adaptam facilmente ao repertório maduro daquela que é provavelmente a maior banda de todos os tempos. Passados 50 anos do seu lançamento, o álbum The Beatles continua a ser um dos melhores trabalhos musicais de sempre e que, apesar do seu fundo neutro, deu cor a muitos daqueles que se deixaram apaixonar pelas qualidades musicais do famoso quarteto de Liverpool que trouxe o que de mais belo hoje conhecemos num mundo que não faria qualquer sentido sem música.

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Tags: beatlesWhite Album

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