#33 Essenciais do Cinema – ‘Lawrence of Arabia’

por João Braga,    11 Fevereiro, 2018
#33 Essenciais do Cinema – ‘Lawrence of Arabia’
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Se estás a ler isto é porque chegaste ao “Essenciais do Cinema”– uma nova rubrica da CCA para quem quer descobrir um pouco mais. Com temáticas menos generalizadas, por vezes menos actuais mas igualmente relevantes. Com tudo isto, é normal que por aqui encontres – e temos mesmo de te avisar – mais texto. Bem-vindo ao “Essenciais do Cinema”.

Lawrence of Arabia (1962)
Realizador: David Lean
Protagonizado por: Peter O’Toole, Alec Guiness e Anthony Quinn

É visto como um dos filmes mais influentes e importantes da história do cinema, tendo recebido múltiplas nomeações para a Academia e ganhado sete das categorias para qual foi nomeado, incluindo as categorias de Melhor Realizador e Melhor Filme. O filme segue o difícil e inquieto percurso de Lawrence, iniciando o filme no funeral do mesmo, após um acidente de mota que o vítima mortalmente. O funeral é realizado na Catedral de São Paulo e um repórter tenta descobrir mais sobre uma das pessoas mais misteriosas e importantes da primeira metade do século XX.

O filme é um flashback integral, em que a história de Lawrence e das suas conquistas na península Árabe, durante a Primeira Guerra Mundial, é contada de uma forma mais dramática, esquecendo muitas vezes a verdade dos factos. Este é um aspecto que torna “Lawrence of Arabia” mais um filme dramático sobre personagens e factos verdadeiros do que um filme histórico, apesar de também o ser, em determinadas situações. O filme é um importante filme de guerra, mas mais importante do que isso, é uma importante reflexão do estado mental e das amarguras da guerra, e a respectiva consequência psicológica sobretudo em Lawrence.

Muitos são os momentos dramatizados, cuja realidade e verdade factual passa ao lado daquilo que é retratado no filme. No entanto – e apesar de ‘escorregadelas’ históricas – “Lawrence of Arabia” foi um marco na história do cinema, principalmente pela sua representação temporal e pelo magistral tratamento cinematográfico. As interpretações são formidáveis com Anthony Quinn, Peter O’Toole e Omar Sharif a obterem uma das suas melhores interpretações das suas carreiras.

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