Sofar Sounds: da música para o espaço

por Sara Camilo,    14 Setembro, 2016
Sofar Sounds: da música para o espaço
PUB

Eis que dia 11 se realizou mais uma vez a Sofar Sounds Lisbon, desta vez no Clube do Bacalhau no Cais do Sodré, número 12.

O Cais do Sodré é um emblemático local conhecido não só pelas actividades nocturnas, como pelos seus diferentes espaços de restauração, mas principalmente e especificamente neste caso, pela (boa) música que oferece em muitos desses espaços.

O Clube do Bacalhau  encontra-se na Travessa do Cotovelo e fica numa viela meio que escondida, num espaço que parece um restaurante galeria, onde esta associação cultural tão bem acolheu a equipa do Sofar Sounds nesta belíssima edição. O Clube é um espaço bastante intimista, discreto e sofisticado, que nos deixa encantados com a sua decoração e com os seus recantos.

Sofar, que significa Sounds From a Room, desta vez foi palco para 3 bandas. A primeira a actuar foi a banda Tio Rex, seguida de Lucky Who e, por último, Urso Bardo.

A banda Tio Rex, que tem como “frontman” Miguel Reis, um jovem cantautor que se inspira na realidade idílica dos seus pensamentos voantes para fazer chegar ao seu público as melódicas composições musicais. Tem um som que fica entre o real e também ele sincronicamente delicado e autobiográfico. Representa algumas das melopeias que ficam e estão em redor da vida do protagonista das canções. Neste concerto os dois músicos em palco encantaram o público com toda a sua harmonia e melodia, mas, especialmente, com a concomitância existente entre ambos.

tio

A segunda banda, os Lucky Who, apareceram com o seu ar ultra jovial cantando cantigas da vida e do percurso do ser humano. Um no orgão, outro na voz e na guitarra, vociferavam viagens emocionais para todo o público. Uma série de fases em que todos nos revemos ou que nos iremos rever.

lucky-who

Por último tivemos os Urso Bardo, uma banda lisboeta que se apresenta como sendo de rock instrumental e que é constituída por quatro elementos: o Ricardo Canelas no baixo, o Filipe Palha na guitarra, o Ricardo Antunes na bateria e por fim Tiago Pedroso na guitarra. Uma banda que animou e energizou completamente o público e em que todos os seus sons nos chegaram, e bem, aos ouvidos, deixando as pessoas curiosas e expectantes em relação ao resto da actuação. Com um som ao vivo de grande qualidade, deixaram uma excelente impressão junto do público e a fasquia bastante elevada para o Sofar.

urso-bardo

E foi assim que chegou ao fim mais uma edição da Sofar Sounds. Mais uma vez uma excelente iniciativa que aproxima o público à música e os músicos ao público num ambiente acolhedor, próximo e estimulante. A escolha do espaço é sempre uma surpresa, e, desta vez, foi sem dúvida uma boa surpresa. Como sempre, a Sofar Sounds, promove a música e novas bandas nesta que é também uma plataforma de descolagem para alguns dos grupos musicais que aqui marcam presença. O público, esse, encontra-se quase sempre curioso por conhecer e ouvir novas sonoridades e deixar-se levar pelo sentimento de descoberta.

Quanto a nós, cá ficamos a aguardar por mais uma excelente edição desta bela iniciativa que é a Sofar Sounds. Não percam!

Gostas do trabalho da Comunidade Cultura e Arte?

Podes apoiar a partir de 1€ por mês.

Artigos Relacionados